Dias atrás, o STF também determinou a diplomação imediata de João Capiberibe (PSB), outro considerado inelegível pelos critérios da Ficha Limpa. Com isso, Wilson Santiago (PB) e Gilvan Borges (AP) serão despejados do Senado - ambos peemedebistas do grupo do líder Renan Calheiros (AL) e do presidente da Casa, José Sarney (AP).
Isso ameaça alterar a correlação interna de forças. É que Renan e Sarney já assumiram o comando da bancada este ano sob contestação de um grupo de seis novatos. Somadas a eles as dissidências permanentes de Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), esse grupo ficou conhecido como o G8 do Senado.
Na contabilidade política dos partidos, quem agrega força com a posse de Cunha Lima é Aécio Neves (PSDB-MG). Na linha de Aécio, Cássio chega entoando o discurso de que o partido não pode reproduzir, nacionalmente, a divisão interna de São Paulo.
'O que farei de forma modesta é tentar mostrar que, para sermos um partido verdadeiramente nacional, precisamos sair do conflito paulista', antecipa o senador. Ele se diz convencido de que o grande confronto PSDB versus PT, que pauta a política paulista, não é verdadeiro para todo o País e propõe ao tucanato que amplie as alianças.
Como o PSDB mineiro, o paraibano também tem parcerias com dissidentes do PT, com o PSB, o PDT e o PTB. 'São Paulo é importantíssimo e terá peso decisivo, mas existe outra metade do Brasil com realidade e visão diferentes sobre alianças', diz Cássio.